Árbitro relata em súmula ofensas da torcida do Bota-PB e caso vai ao TJD

Clizaldo Luiz Maroja explica que torcedores do Belo jogaram laranjas no campo e depois do jogo tentaram lhe confrontar numa área restrita da Graça

Por Phelipe Caldas
João Pessoa


Clizaldo Maroja no jogo Botafogo-PB x CSP (Foto: Lucas Barros / Globoesporte.com/pb)Clizaldo Maroja (ao centro) apitou no domingo o jogo
entre o Botafogo e o CSP no Estádio da Graça
(Foto: Lucas Barros / Globoesporte.com/pb)
O árbitro Clizaldo Luiz Maroja, que apitou o jogo de domingo entre Botafogo-PB e CSP pela estreia do Campeonato Paraibano de Futebol, registrou na súmula de jogo uma série de “incidentes”  que se confirmados depõem contra o Estádio da Graça (local da partida) e contra torcedores do Botafogo. O documento, inclusive, já foi encaminhado pela Federação Paraibana de Futebol ao Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba e agora o clube pessoense pode ir a julgamento por causa disto.
Especificamente sobre os torcedores do Belo, Clizaldo diz que foram dois os problemas mais graves. Primeiro, aos 30 minutos do primeiro tempo, torcedores do clube teriam “arremessado várias laranjas por cima do alambrado para dentro do campo”. E que depois do fim do jogo, torcedores ocuparam uma área restrita às autoridades (árbitros, jogadores e dirigentes dos dois clubes) para tentar intimidá-lo.
- Infelizmente o Estádio da Graça reserva uma mesma saída para os árbitros e para autoridades e jogadores. Isto já está errado. Mas no domingo a situação foi ainda pior. Não sei se foi algum dirigente do clube ou algum funcionário do estádio, mas o fato é que um grande número de torcedores ocuparam um espaço que deveria ser restrito. Isto tem que ser evitado – declarou.
Súmula do jogo Botafogo-PB x CSP (Foto: Reprodução)Súmula do jogo Botafogo-PB x CSP: Clizaldo Luiz Maroja critica o Estádio da Graça e o comportamento da torcida botafoguense (Foto: Reprodução)
 Clizaldo pondera que não foi agredido fisicamente, até porque na hora estava escoltado por homens da Tropa de Choque da Polícia Militar, mas  reafirma o que colocou da súmula: “havia vários torcedores confrontando a arbitragem”.
- Espero apenas que sejam tomadas providências para que isto não se repita – frisou.
Com relação ao Estádio da Graça, as críticas foram contra o gramado, descrito por ele como “péssimo, com vários buracos e irregularidades”; e contra o sistema de iluminação da Graça, que segundo o árbitro era apenas “regular”, principalmente porque “havia vários refletores apagados”.
O assessor técnico da FPF, José Araújo, confirmou que a entidade já enviou a súmula ao TJD, mas disse não saber quando o Tribunal vai se reunir para julgar o caso. Mas explicou que em casos como este o clube pode sim ser responsabilizado.
- Este problema pode pesar contra o clube mandante porque é ele quem administra os espaços do estádio – resumiu.
Presidente do Botafogo-PB, Nelson Lira (Foto: Renata Vasconcellos)Nelson Lira, presidente do Botafogo da Paraíba
(Foto: Renata Vasconcellos)
Procurado pela reportagem, o presidente do Belo, Nelson Lira, disse que no dia jogo estava responsável pela parte de logística e que pouco viu o jogo. Mas que enquanto esteve na arquibancada não viu nenhuma coerção mais grave por parte dos botafoguenses.
- O que houve foi a participação natural da torcida, que xinga e joga com o time. Mas isto é absolutamente normal no futebol e acontece em todo canto.
Ele disse ainda que, de toda forma, vai aguardar a posição do Tribunal de Justiça Desportiva para tomar as medidas cabíveis.
- Vamos enviar a súmula para o nosso departamento jurídico e depois nos resta aguardar. Se formos a julgamento, nos defenderemos na hora certa - finalizou.

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