Antes da despedida, Marcos vislumbra: 'Quero que todo mundo saia feliz'
Ex-goleiro faz seu jogo de despedida nesta terça-feira no Pacaembu. Antes de a bola rolar, ele ganhará um placa - homanegem da CBF ao Santo
Despedida de Marcos será nesta terça-feira (Foto: Cesar Greco/Fotoarena)
Nada de Série B, disputas políticas, entre outras coisas. Nesta terça-feira, o palmeirense só quer saber de uma coisa: Marcos e o jogo de despedida dele, nesta terça-feira, às 22h.
Já se passaram 11 meses do anúncio da aposentadoria do Santo. E vai ser no Pacaembu que o ex-goleiro vai vestir as luvas pela última vez em um duelo entre a Seleção Brasileira de 2002 e o Palmeiras de 1999. Como não poderia ser diferente, o eterno camisa 12 jogará pelo Verdão. Resta saber se vai atuar alguns minutos na linha.
Na última sexta-feira, Marcos mostrou novamente o motivo de ser tão adorado. Cerca de 500 torcedores foram a uma sessão de autógrafos em um shopping. Tudo normal se o evento não tivesse começado por volta das 23h30.
E MAIS:
Antes, o Santo conversou com a reportagem do LANCE!Net. Sempre bem-humorado, não tocou no assunto Série B. Afinal, pelo menos nesta terça, ele é mais importante do que tudo isso.
Confira:
LANCE!Net: Marcos, todo mundo sabe que a torcida tem muito carinho por você. Mas qual o sentimento de ver diversos torcedores em uma loja no shopping, de madrugada, só por causa de um autógrafo e uma foto com você?
Marcos: Eu me sinto agradecido por esse carinho da torcida. Não é todo mundo que gosta de mim, mas também, a unanimidade é burra. Tento agradar as pessoas e os torcedores que gostam de mim. Não porque vieram aqui, mas em qualquer lugar que eu possa encontrá-los. Isso é uma coisa que não tenho como pagar. A única forma de tentar pagar o torcedor é atender todo mundo até o fim e em toda situação, em todo evento. Enquanto tiver o último na fila, a gente tenta tratar todo mundo igualmente.
L!Net: Como está a expectativa para o jogo? Está muito ansioso?
M: Na verdade, estou preocupado, porque é jogo de despedida de goleiro. Quando é de atacante, é fazer um gol e o cara sai por cima. De goleiro, como é? Toma um gol e sai por cima? Então, ando um pouco preocupado. Acho que é igual casamento: quando você vai se casar, fica preocupado se os convidados vão, se todo mundo vai falar bem da festa... Estou meio preocupado com isso, quero que dê tudo certo e todo mundo saia feliz. Mas tenho certeza de que vai dar tudo certo, não tem motivo pra grandes preocupações. O jogo foi bem organizado. Acho que o pessoal vai sair contente.
L!Net: Quer muito se despedir dos gramados com uma vitória?
M: Seria importante, já estou com esse pensamento na minha cabeça. Coloquei um time muito forte do outro lado e poderia ter feito um piorzinho. Assim, não teria tanto trabalho. É uma oportunidade boa para os torcedores reverem grandes ídolos da Seleção e do Palmeiras, que conquistaram muitos títulos. Acredito que o resultado é o que menos interessa. Em outra entrevista, falei que eu queria ganhar. Mas andei pensando e o mais importante de tudo é a festa. O resultado pouco interessa, o importante é todo mundo jogar bem e curtir bastante o jogo.
L!Net: Você ficou chateado com a antecipação da partida, do dia 12 de dezembro para o dia 11?
M: O pessoal da organização tinha feito (dia) 12 do (mês) 12 de 2012, mas o São Paulo foi para a final da Copa Sul-Americana. Para mim, não muda nada. A prioridade seria do São Paulo, porque está disputando a final de uma grande competição. E outra, a gente joga no dia 11, mas depois da meia-noite é dia 12. Vai dar na mesma, provavelmente a festa vai terminar no dia 12. É uma data legal para ficar marcada pela camisa 12. Não sou ligado em numerologia, mas era uma data legal. Quem sabe ano que vem dá para fazer outro tipo de festa nessa data.
L!Net: Você ainda tem vontade de voltar a jogar? Sente falta dos jogos?
M: Até teria se o joelho estivesse bom. Hoje em dia, não tenho. Vai ser legal fazer esse último jogo. Futebol a gente vai jogar até morrer, porque sempre vai brincar. Mas profissionalmente e com responsabilidade, talvez seja o último jogo. A gente vai bater uma bolinha até o fim da vida em brincadeira com os amigos, no churrasco. Mas profissionalmente não tinha condições. Se permanecesse, ficaria pagando mico e seria feio. Foi melhor parar na hora certa. Quando você para e o pessoal sentem falta, é sinal que parou em um bom momento.
L!Net: Você chegou a dizer que sentia falta do Palestra Itália. O que tem achado das obras da Arena?
M: Ando visitando e vai ser uma coisa maravilhosa. O torcedor ganhou um estádio de primeiro mundo. Claro que a gente sente saudade do Palestra no sentido das histórias, era um estádio aconchegante, todos estavam acostumados. Mas a modernidade chegou, todos os times estão melhorando seus estádios e a gente vai ter um dos melhores do mundo. O torcedor vai aproveitar muito, não só em jogos do Palmeiras, mas também em vários eventos. É um progresso, e a gente não pode ser contra. A Arena vai ficar fantástica, os torcedores vão curtir. Vou ter um camarote lá também para aproveitar. Vai ser muito legal. A gente sente saudade, vemos os jogos que jogamos lá, mas vai ficar bom e a torcida vai adorar.
L!Net: Vai ter vontade de jogar na Arena Palestra quando ela ficar pronta, ano que vem?
M: Quem sabe um outro jogador faça a despedida na nova Arena e eu tenha a oportunidade de participar? Tenho certeza de que a hora que estiver pronta a gente vai dar um jeito de bater uma bolinha ali.
Diário LANCE!
"Redação do Torcedor//Jaime Paraíba"
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